O Benfica ganhou.
Cabem tantos eus dentro de mim que alguns são mais vossos do que meus.
Já ninguém sabe fazer nós como antigamente (fica o enigma por revelar: será uma crítica a como os escuteiros amarram cordas nos dias que correm ou será que é uma frase que poderia ter sido dita por um poeta numa sessão de terapia de casal?).
O Eça de Queiroz é tão distinto que morreu em 1900, mas conseguiu uma morada no centro de Lisboa em 2025. Eça é que é Eça!
Ainda não percebi qual a diferença entre este blog e o outro. Gosto mais do outro, por isso vou publicar mais neste.
Sempre gostei de epitáfios. Há algo de sublime e humilde na ideia de resumir a vida a uma simples frase.
Cada vez é mais difícil encontrar um sítio onde cortar o cabelo. A tendência é aquelas espeluncas gourmet onde nos querem fazer sentir únicos, nos prometem a experiência das nossas vidas e onde pagamos os olhos da cara no fim. Eu não nutro qualquer tipo de sentimento pela experiência de corte de cabelo. Apenas quero o cabelo cortado. Todo do mesmo tamanho. O meu pior corte de cabelo foi num desses sítios em que o rapaz me disse que para ele "cortar o cabelo era uma arte". Lamento informar, meu menino, mas não foi tão bom para mim como foi para ti. Desde então só deixo que o meu cabelo seja cortado por homens chamados Constantino, Isidro, Urbano ou afins. Vão fazer arte na cabeça de outro, pá!
Agora é que as pessoas deviam estar a fazer os balanços do ano 2024. Parece-me arriscado fazer balanços antes de o ano terminar.
(Este post foi escrito dia 03 de janeiro de 2025.)
Decidi escrever um livro. Já tenho a história pensada. Há dias em que sinto que vai sair bem e já devia ter começado. Há dias em que sinto que não vai e vou meter a ideia de lado.
Não existem monólogos. Os diálogos interiores são os mais difíceis de manter, pois é impossível ganhar.
Morreu a minha vizinha de cima. Não dei por nada. A morte é sorrateira.
No primeiro dia de cada ano, sinto-me sempre como uma casa sem móveis. Amanhã volto ao trabalho e ainda nem tenho um sofá para me sentar.
