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Parabéns, Sport Lisboa e Benfica! 

publicado às 19:04

Em dia de chuva, percebemos que quem decidiu chamar "Sete Rios" a uma zona de Lisboa pecou por defeito. 

publicado às 20:07

O leite deixou de ser "gordo" para passar a ser "inteiro". O ideal era também deixar de vir da vaca. Não devemos ofender ninguém. 

publicado às 17:07

Disseram-me uma vez que com a idade as pessoas vão ficando mais viradas para dentro e que isso é sinónimo de maturidade. Talvez por isso nunca tenha visto um octagenário corar. 

publicado às 15:31

Nunca tive especial interesse em pintura. Desde ontem que estou cheio de vontade de estar sozinho fechado numa sala a contemplar um quadro grande durante uma hora. 

publicado às 13:28

No outro dia, ouvi uma pessoa num podcast dizer em tom provocador num podcast que o 25 de Abril não foi uma Revolução porque não rolaram cabeças. Foi apenas arte. Eu acho que provocar apenas pelo objectivo de provocar não faz de nós génios. São muito poucas as vezes em que alguém dizer o que ninguém diz não é sintoma de se ser um palerma. 

publicado às 11:52

O interior importa. Pelo menos é o que se diz aos desgraçados - seja porque vivem numa zona isolada e pobre longe do litoral ou seja porque são tão feios que alegram qualquer funeral. 

publicado às 04:50

Gostar de outras pessoas está mais perto da sensação de ter duas bolas de chumbo presas aos aos pés do que de ter um par de asas nas costas. Será sempre este o lado oculto do luar. 

publicado às 19:16

É curioso que se diga que alguém querido "partiu" no momento em que morreu. No fundo, é uma forma de a pessoa nos dizer que foi a outra pessoa que partiu, mas ela que quebrou. 

publicado às 12:55

Aconteceu tudo no mesmo dia. 

Saí de casa em direcção à estação de metro de Sete Rios onde iria começar a ligação do metro que me levaria até ao Oriente para aí apanhar o comboio rumo à Braga. Quando troquei para a linha vermelha, decidi sentar-me num dos lugares com duas senhoras à frente e ninguém do meu lado direito. Como é habitual na linha vermelha, contavam-se muitas pessoas com malas, indiciando que provavelmente só saíriam na última estação, que faz ligação com o aeroporto. Chegados a Chelas, as duas senhoras levantam-se para sair e três pessoas se dirigem a caminho dos dois lugares à minha frente que haviam vagado - um casal francófono de meia idade munido cada um com uma mala azul e um jovem de t-shirt preta, boné e óculos de sol, fones nos ouvidos e um bícep proeminente o suficiente para não nos dar grande esperança quanto à dimensão da massa encefálica. A senhora consegue sentar-se no lugar mais à direita e o jovem consumidor de peito de frango ao pequeno-almoço à minha frente. A senhora indicou ao jovem que estava com o marido e que no banco ao lado havia lugares disponíveis, tendo como resposta do jovem dos bíceps proeminentes um abrir de asas com as palmas das mãos para cima como quem indica "é a vida!".

Umas horas volvidas, já em Braga, estava um frio de rachar. Volta e meia caía aquela chuva que não é suficiente para nos deixar o couro encharcado, mas bastante para afastar as pessoas da rua. Teimosamente, decidi perseguir pelas ruas da cidade em busca de restaurante para jantar. Acabei por entrar num que tinha apenas dois clientes no interior e que à porta tinha uma funcionária na casa dos cinquenta e muitos, sessenta e poucos anos, o que dito desta forma não revela qualquer optimismo. Muito simpática, a senhora percebeu facilmente que não era de Braga pela indumentária e por me ter queixado do frio que, nas palavras da senhora, "nem era nada de especial para o que tinham sido os últimos dias". Já à saída, após uma bela refeição terminada com um cálice de Moscatel cortesia da casa, dois dedos de conversa sobre o que é ser pai e mãe e a segurança da cidade de Lisboa e a cidade de Braga. De repente, com uma preocupação quase maternal, a senhora atira "vou buscar um casaco que tenho ali e amanhã passa aqui e traz-me. Ou pode ficar com ele. Se ficar com ele, certamente será porque precisa mais do que eu".

Aconteceu tudo no mesmo dia. Em Lisboa e em Braga. 

O caso do silêncio do Benfica e do Sporting em relação à morte do Pinto da Costa e a revolta de dirigentes e adeptos do Porto é um caso paradigmático de como as pessoas preferem alguma hipocrisia desde que seja para ficarem bem com as suas consciências do que alguma verdade mesmo que por vezes possa ser dura ou cruel.

publicado às 18:40

Sempre usei meias pretas ou azuis escuras. Recentemente, comprei uns quantos pares de meias cinzentas. Talvez ninguém repare, mas é uma sensação estranha em mim. Agora é como se não tivesse pés nem cabeça. 

publicado às 07:01

Todos nós somos um problema para nós próprios. 

publicado às 13:00

O silêncio sempre foi a forma de homenagear os mortos. O silêncio também sempre foi a forma de nos abstermos de juízos. O que devemos fazer quando morre alguém que não merece uma homenagem? 

Morreu Pinto da Costa. 

publicado às 23:13

É o dia dos mais-que-tudo. Talvez procurarmos os mais-que-alguma-coisa seja mais saudável.

publicado às 12:11

É curioso que, quando se pergunta a alguém a ideia de encontro perfeito, a resposta raramente inclui uma outra pessoa. Normalmente, remete apenas para locais. Uma espécie de roteiro que podia muito bem ser partilhado pelo guia Michelin. Talvez o amor verdadeiro seja pagar a taxa de entrega do Uber Eats. 

publicado às 20:23

Muitos desentendimentos acontecem porque as pessoas respondem àquilo que pensam que são as intenções do outro e não àquilo que é dito:

"- O que é o almoço?".

"- Já vai!" - respondeu em desespero. 

publicado às 20:33

Desde que são digitais que já nem os relógios parados estão certos duas vezes por dia. 

publicado às 17:29

As segundas-feiras sabem sempre a fim da fila. 

publicado às 09:00

Há quem lute contra o tempo. Porque é que haveria de entrar numa luta que a priori sei que vou perder? 

publicado às 12:55

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