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Sempre fui bom aluno. Na verdade, esta afirmação peca por escassa. Sempre fui muito bom aluno. Nunca tive de me esforçar para ter notas máximas (ou muito perto disso) na escola. Sempre se gerou uma certa expectativa à minha volta. Desde muito cedo senti essa pressão nos meus ombros. Nunca impactou os meus resultados, mas sempre me fez sentir diferente. Na minha cabeça, os outros eram crianças ou adolescentes e eu era, simplesmente, responsável. Ainda hoje sou. Já passou o tempo de não o ser. O problema é que quem cresce demasiado responsável cresce inibido. Nunca me disseram - ninguém diria a uma criança - mas hoje consigo vê-lo com nitidez: a obediência não acende a genialidade.